
Um Homem e o seu filho atravessam um cenário pós-apocalíptico, num percurso errante - como peregrinos sem santuário de destino. Transportam as roupas, os víveres que vão encontrando em casas abandonadas e demais objectos pessoais num carrinho de supermercado.
Pelo caminho, vão lutando pela sobrevivência (dia após dia, refugiando-se onde calha, escondendo-se de grupos predadores) e cruzando-se com indivíduos que, tal como eles, se limitam a resistir à desistência.

Adaptado por John Hillcoat do romance homónimo de Cormac McCarthy - vencedor do Pulitzer e autor, entre outros, de
"Este País Não é Para Velhos", que viria a ser adaptado ao cinema pelos irmãos Cohen -,
"A Estrada" cresce dentro de nós à medida que o tempo passa. Com interpretações intensas (a de Viggo Mortensen à cabeça) e uma fotografia que acentua a desolação ambiental e humana, é um filme poderoso sem ser estridente, belo na sua poesia trágica, comovente sem ser lamechas.
Depois de ainda o ter conseguido apanhar em sala, posso, finalmente, começar a ler o livro.
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